CLAUDIO NASAJON

Se medirmos a vida em termos de “experiências e realizações”, em vez de anos, é possível pular etapas e “viver mais”. Pelo menos essa é a essência do livro TIME HACKING, de Benjamin Hardy, que acabo de terminar. Eu vivi isso logo que entrei na vida profissional.

Fiz um curso de engenharia que me custou 7 anos (mais um e seria expulso) porque eu me arrastava para ir a uma faculdade em que tive que assistir aulas absolutamente desnecessárias, sem qualquer aplicação na prática profissional.

Uma colega poderia ter concluído a formação em 4 anos, mas como o MEC exigia um mínimo de 9 semestres para a graduação, ela teve que fazer uma matéria eletiva no último semestre só para cumprir com o requisito. Meio ano de tempo jogado no lixo.

Por outro lado, logo que entrei na faculdade, consegui um estágio de programador no CPDERJ e, em seis meses, aprendi mais do que se tivesse feito os 4 anos do curso de “ciências da computação”. Tanto que virei programador, depois montei a minha empresa e o resto é história.

O fato é que “tempo” é uma constante, pelo menos aqui no terreno da física não quântica. A gente não consegue dilatar ou encurtar o tempo. Um ano é um ano. Nem um segundo a mais, nem um segundo a menos. Sei que Einstein e os físicos quânticos pensam diferente, mas vai… estamos falando do mundo dos humanos ou pelo menos do mundo dos negócios. E aqui , o tempo é inelástico.

O que é variável são as experiências que vivemos, a distância percorrida, por assim dizer, que realizamos nesse tempo.

No período de um ano posso aprender uma profissão completa como aprendiz, na prática, ou fazer a metade do ciclo básico aprendendo história da arte, moral e cívica ou introdução ao capitalismo, que segundo o MEC são fundamentais para um engenheiro mecânico construir submarinos, carros e aviões.

Se quiser “hackear” o tempo, melhor focar nas experiências do que nos anos.

Jean-Jacques Rousseau definiu isso muito bem quando disse que “vive mais não quem conta mais anos, mas quem aproveita mais a vida”.

O fato é que hoje podemos fazer em dias o que nossos ancestrais levavam uma vida inteira para fazer.  A tecnologia turbinou a produtividade a níveis jamais imaginados, mas em vez de aproveitar o “tempo” que poupamos, nós “esticamos a distância”.

Produzimos a mesma coisa que nossos avôs faziam numa jornada inteira de trabalho em poucas horas, minutos até, mas a maioria de nós continua trabalhando 8h, 10h, 12h por dia, com níveis de felicidade inferiores aos dos nossos antepassados.

Em vez de produzir a mesma coisa trabalhando menos e vivendo mais, estamos trabalhando mais e vivendo menos.

Aí eu pergunto: para que serve o dinheiro se não tivermos tempo para gastá-lo?

Há poucos dias eu publiquei uma notícia no meu grupo de telegram (@empresavendavel), sobre um empresário que vendeu a empresa dele por 40 Bilhões (com “B” mesmo), mas aos 71 anos…

Nos comentários, eu provoco a reflexão: vale a pena esperar tanto tempo para ficar muito rico? Ou é melhor ficar “menos rico”, vender por 1 Bi aos 30 anos, por exemplo, e curtir a vida com essa “menor riqueza”?

Cada um tem uma opinião, mas o que penso é que o destino, ou pelo menos os caminhos que decido trilhar na minha vida, PODEM ser planejados.

O futuro é construído com as decisões do presente e pode ser que não cheguemos onde planejamos chegar, mas o nosso amanhã será fortemente impactado pelas nossas ações de hoje.

Por isso é importante definir o que queremos e, principalmente, o quanto queremos aquilo.

Ilustro com um exemplo: durante os últimos 7 anos eu escrevi, nas minhas “resoluções de fim de ano”, uma que dizia: “perder peso”.

Isso porque desde criança eu sempre estive no limite entre “gordo” e “obeso”. Aos 40 comecei a tomar remédios contra hipertensão e colesterol. Aos 50 contra a diabete (que foi quando comecei a colocar a redução de peso na lista de ano-novo), mas nunca fiz nada muito sério com relação a isso. Até que um dia fui na loja comprar uma camisa e o maior número disponível não me coube.

“Ali tem uma loja plus size”, disse o vendedor, “talvez eles tenham seu número”.

Deu vontade de dar um tapa na cara dele, mas simplesmente sorri, agradeci e saí da loja.

Acabei entrando na tal loja plus size e, para minha decepção, a camisa serviu-me perfeitamente. Esse foi o meu “fundo do poço”, quando decidí encarar a sério a perda de peso.

Longa história curta, entrei num grupo de apoio para comedores compulsivos (mais parece uma “seita”, mas isso é outra história) e perdi 27 Kg em 4 meses, mas o melhor foi o fato de que hoje, dez meses depois, ainda mantenho meu peso ideal de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Visto tamanho M e tenho um corpo com o qual não me via desde os 16 anos, quando era membro da equipe de remo do Botafogo.

Moral da história: quando damos prioridade às coisas, as fazemos. E quando nos juntamos com quem já conhece o caminho, conseguirmos fazer melhor e mais rápido.

Há uma distância enorme entre o que sabemos que devemos fazer e o que de fato fazemos. Por isso, em vez de “escrever resoluções” de ano novo, trace metas e busque quem possa ajudar você a transformar “desejos” em ações.

Eu vou mostrar como fazer isso no seminário “Empresa Vendável”. O único requisito para participar é ter um negócio e querer que ele não precise da sua presença na operação, para você poder se ocupar com o que realmente interessa na sua vida.

Se quiser participar, deixe o seu e-mail no site empresavendavel.com.br

Até lá.

Claudio Nasajon