CLAUDIO NASAJON

Na segunda-feira, dia 26, saiu na coluna “Opinião”, do site O Dia Online, um artigo meu  sobre  a valorização da mão de obra no mercado de trabalho. Confira na íntegra a matéria publicada.

Claudio Nasajon: mão de obra valorizada

Rio – Fala-se em apagão de mão de obra, mas o termo está errado. O que está havendo é valorização da mão de obra em função do aumento da demanda. E isso é bom! Para as corporações sempre foi conveniente tratar empregados como escravos modernos, estabelecendo o menor valor possível para os salários. Por outro lado, a febre de empreendedorismo que se instalou no mundo passou a oferecer aos empregados uma alternativa que permite remover os limites da remuneração.

Claro que empreender não é para todos e tem seus pontos desfavoráveis. Estatisticamente, a maioria dos empreendimentos dura menos de três anos e não conheço um único empreendedor que trabalhe menos do que 12 horas por dia na fase inicial. Mas, o fato de existir a alternativa permite um ‘leilão’ mais justo das condições de trabalho.

Segundo a Firjan, o Rio é o estado que atrai o maior volume de investimentos públicos e privados do País. Serão cerca de R$ 180 bilhões até 2013, fazendo do Rio o maior concentrador de investimentos do mundo. As consequências são visíveis. Em 2011, a movimentação no mercado de trabalho fluminense foi caracterizada pelo contínuo aumento das contratações no setor de Serviços, gerando quase 29 mil novos postos de trabalho somente na capital. Os profissionais disponíveis passaram a ser disputados pelas empresas. Os salários subiram. As exigências de qualidade aumentaram e as novas demandas levaram a uma busca por maior capacitação. Criou-se um círculo virtuoso de qualificação da mão de obra.

Como empresário do bem, educador, pai e como cidadão brasileiro, apoio esse movimento. Digo SIM à valorização do trabalho, não pela via da imposição de leis trabalhistas, mas pela muito mais poderosa mão das leis da oferta e da demanda no livre mercado.

Claudio Nasajon é professor da PUC-Rio e Presidente do Conselho da Micro e Pequena Empresa da Associação Comercial do Rio de Janeiro

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