CLAUDIO NASAJON

como falar bem - o que o dinheiro não compra
À venda no Submarino.

Alguma vez você já ficou entediado ao ponto de dormir durante uma apresentação? Ou não chegou a tanto, mas ficou o tempo todo no seu Facebook enquanto um orador, que não sabia como falar bem, tentava sem sucesso, prender a sua atenção?

Pois é. Há poucos séculos, uma pessoa comum processava menos de 100 peças de informação por dia. Hoje esse número é mais parecido com 10 mil – cem vezes mais. Milhares de tweets, whatsapp, sons e imagens concorrem por sua atenção num mundo cada vez mais repleto de informação. Saber como falar bem é mandatório se você quiser ser ouvido.

É bom saber disso quando você está do outro lado. Quando é você quem tem que captar a atenção do time. Nos cursos de administração aprende-se de tudo um pouco, mas não como falar bem em público (ou até em privado) para exercer adequadamente a liderança e a gestão de pessoas.

A seguir eu descrevo algumas dicas que eu uso nas minhas próprias apresentações e talvez possa ajudar você nas suas:

1 – Elimine o powerpoint

A primeira dica é eliminar o powerpoint ou pelo menos o texto dos slides. A melhor forma de captar a atenção é contar histórias enquanto faz contato visual com a audiência, não ler slides de costas para o público.

2 – Para saber como falar bem, aprenda a ouvir

Uma boa prática é ver vídeos do Youtube e ficar antenado nas boas palestras, aulas e apresentações que você assistir. De vez em quando aparece um apresentador que além de saber como falar bem, tem conteúdo interessante e aplica dinâmicas memoráveis. Um exemplo no qual eu me baseio é o Michael Sandel, Professor de Harvard e autor da série Harvard Justice. Ele esteve recentemente no Brasil para lançar o seu livro “Coisas que o dinheiro não compra” – que eu recomendo!

3 – Comece apresentando um problema que a audiência reconheça.

Embora muitos bons palestrantes, que teoricamente sabem como falar bem em público, comecem as suas apresentações com frases como “eu comecei a minha empresa em 1982 quando tinha 19 anos…” e isso tenha algum valor histórico, é pouco provável que alguém mexendo no seu Facebook levante a cabeça para olhar com mais atenção.

Do contrário se você começar com “vocês já se encontraram na situação de ter que dar uma notícia ruim para uma pessoa e não saber por onde começar? Pois eu tenho algumas dicas que podem ajudar da próxima vez que isso acontecer” ou “semana passada eu tive que demitir um funcionário que estava na empresa há mais de dez anos. Você já passou por algo parecido? É angustiante, não é? Pois eu tenho algumas dicas que podem minimizar essa angústia da próxima vez que você tiver que fazer isso!”.

Se a audiência reconhecer na sua frase um problema que ela também vivencia, é muito provável que preste atenção no que vem a seguir, porque você está conectando a sua apresentação com um problema real que a audiência tem e quer aprender a resolver.

Em suma: comece sempre pelo problema e prometa ensinar (ou compartilhar experiências relacionadas) a solução.

Até a próxima!

Claudio Nasajon

4 Responses

  1. Olá Boa noite. Gosto muito de tudo o que você ensina.Desde o dia em que ouvi você na rádio 96,1, não parei mais e agora acompanho você na net também. Continue seu trabalho . Você é ótimo no que faz.. Parabéns. Marilucy

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