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Até as pessoas mais talentosas e bem-sucedidas do mundo já detonaram uma entrevista de emprego ou estragaram uma apresentação simplesmente porque ficaram nervosas demais.

Sob pressão, tendemos a entrar em pânico e podemos travar em tarefas que, calmos, faríamos naturalmente.

Por isso, quando estiver prestes a entrar em uma situação estressante, distraia-se com algo diferente.

O córtex pré-frontal, que é a parte do cérebro situada logo acima dos olhos, é o centro da nossa potência cognitiva.

Ele é quem define a nossa capacidade de focar numa determinada tarefa, por exemplo.

Quando fazemos alguma coisa todos os dias, geralmente não prestamos atenção aos pequenos detalhes do que estamos fazendo, porque o nosso córtex pré-frontal é que dirige as atividades, como se fosse um piloto automático.

Mas quando surge uma situação de estresse, como uma apresentação importante ou uma entrevista de emprego, por exemplo, o córtex pré-frontal pode ficar sobrecarregado.

Quando a pressão é muito forte, geralmente começamos a focar nos detalhes, no passo a passo de nosso desempenho, para garantir um resultado ideal.

Só que ao fazer isso, interrompemos o que seria fluido e natural se deixássemos acontecer naturalmente.

Quando a pressão aumenta, tendemos a entrar em pânico, tanto pela situação em si, quanto pelas suas conseqüências, sobre o que os outros podem pensar de nós e por aí vai.

Como resultado, começamos a pensar demais em algo que deveria acontecer naturalmente e não é raro acontecerem coisas como “travar”, “dar um branco” e em alguns casos mais drásticos, até crises de pânico.

Tá…. e o que você pode fazer quando seu córtex pré-frontal fica mal assim?

Bom, segundo o professor Sian Beilock, cientista cognitivo e autor do livro “Como o corpo conhece a mente”, o primeiro passo é distrair a cabeça.

Quando você estiver a ponto de entrar numa situação estressante para a qual praticou quase até a exaustão, pare de pensar no que vem a seguir.

Cinco minutos antes do grande evento, não é hora de rever todos os detalhes do que você ficou dias, meses ou às vezes até anos preparando.

Em vez disso, reserve um momento para se distrair, pensar em outra coisa.

Faça palavras cruzadas. Pense nas férias que você vai tirar no fim do ano. Leia uma revista de fofocas.

Faça qualquer coisa que impeça você de pensar muito nos detalhes do que está prestes a fazer.

Essas abordagens consomem a potência cognitiva que poderia ser usada contra você.

Imagine uma pessoa que vai para uma entrevista de emprego, por exemplo.

Ela conhece o seu próprio currículo de cor e salteado, certo?

Em circunstâncias normais, poderia facilmente descrever os seus pontos fortes e as suas realizações enquanto faz as unhas.

Mas quando senta na cadeira da entrevista, congela, fica suando, a voz treme, esquece pontos importantes.

Já vi isso acontecer inúmeras vezes, acredite.

E uma forma de evitar essa situação é reservar um tempo para relaxar o seu córtex pré-frontal com atividades não relacionadas ao motivo do estresse.

Agora, cuidado! Isso não significa esquecer dele.

Os sintomas físicos que sentimos antes de um evento importante, como as mãos suadas ou o coração acelerado – são bons sinais.

Eles significam que estamos prontos para o desafio que está à nossa frente.

Distrair o córtex pré-frontal para evitar que ele fique sobrecarregado só ajuda se você estiver bem preparado.

Por isso prepare-se, pratique em condições semelhantes às do grande evento, estude, tente transformar aquela ação em algo automático, como tomar o café da manhã ou dirigir até o escritório.

E tenha sempre em mente que, se mesmo assim você engasgar, não é o fim do mundo.

Você pode ficar desapontado e até envergonhado, mas, como a maioria das coisas na vida, é uma experiência de aprendizado.

Aproveite a oportunidade para aprender a lidar melhor com o estresse da próxima vez.

Eu abordo esse assunto em detalhes, junto com várias outros sobre “gestão de pessoas”, na minha Sala VIP de negócios.

Se quiser participar, basta inscrever-se aqui.

Até a próxima!

Claudio Nasajon