CLAUDIO NASAJON

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Semana passada uma funcionária de alto desempenho me pegou de surpresa com um pedido de demissão.

Na hora fiquei surpreso e depois fiquei chateado.

Muito chateado.

Primeiro por perder alguém importante para a empresa e segundo porque gosto muito dela – vejo como boa gente boa, sabe… competente e agradável de se trabalhar junto.

A sensação ficou ainda pior quando percebi que eu tinha parte da responsabilidade.

Afinal, minha empresa costuma fazer a avaliação de desempenho dos funcionários e damos feedback contínuo (no caso dela, só elogios), mas a recíproca nem sempre é verdadeira.

Os funcionários têm a chance de avaliar os gestores e o ambiente em que trabalham, faz parte do processo, mas em algum ponto eu perdi essa informação.

​​Daí comecei a implementar uma espécie de avaliação “ao contrário”.

Minha tese é que se tivéssemos percebido que algo não andava bem do lado de lá, talvez pudéssemos ter evitado o desfecho triste.

Ou não… mas pelo menos não seria pego de surpresa.

Lição aprendida.

Logo depois de saber da notícia, juntei o meu time direto e dei a eles um formulário de avaliação-relâmpago em branco e pedi que colocassem ali os quesitos que são importantes PARA ELES.

Se alguém estiver infeliz com alguma coisa a ponto de querer sair, pelo menos não me pega de calça curta.

Também tem o outro lado da moeda, que é quando a empresa demite, e pega o funcionário de surpresa.

Isso é um drama porque é uma dor profunda que poderia ser evitada se fosse uma demissão anunciada.

É mais ou menos a diferença entre uma pessoa que morre de mal súbito e outra que pega uma doença terminal e sabe que está morrendo.

No segundo caso, tem tempo de não deixar a família desamparada.

A mesma coisa acontece com uma demissão.

Se o sujeito percebe que não está desempenhando bem e ele mesmo vê que não consegue resolver, já vai se preparando…

Diferente de alguém que acha que está bombando e do nada recebe a carta de demissão. Isso é mortal.

Então, como não pegar um funcionário de surpresa com uma demissão?

O primeiro passo é alinhar as expectativas e acompanhar as realizações.

Assim, se o desempenho do funcionário ficar abaixo do esperado e for necessário demiti-lo, isso não será uma surpresa.

Eu faço isso usando um “quadro de avaliação-relâmpago de desempenho” e reuniões semanais de feedback.

O quadro é dividido em dois blocos.

No primeiro, eu coloco os itens que considero relevantes na avaliação de cada funcionário e a minha “carinha”, triste, neutra ou feliz, com os resultados.

No segundo, eu coloco as minhas recomendações, incluindo elogios do que deve ser mantido e atitudes que devem ser ajustadas, para ficarmos todos bem.

Assim, se os problemas não forem corrigidos, fica mais fácil ter a conversa difícil.

Pelo menos a pessoa não é pega de surpresa e pode se recompor mais rapidamente para seguir o seu caminho.

Se quiser usar no seu negócio, você pode fazer o download do modelo em branco acessando a área de extras do meu site.

Mas se a sua empresa ainda não tem um software de avaliação de desempenho, recomendo ver o nosso sistema ERP Avaliação de desempenho.

Dá para fazer autoavaliação e comparar com a do chefe, realizar avaliações 360º, consultar o histórico das avaliações para ver a evolução… enfim, um sistema completo de avaliação de desempenho para empresas de qualquer tamanho.