Produtos ignorados pelos clientes podem ser aproveitados de outra forma. Vou citar como exemplo a indústria alimentícia. O consumidor brasileiro sempre gostou de maçãs grandes e as pequenas, que nascem no mesmo pé das outras, eram descartadas. Pois bem, em 1995 a agropecuária Pomelle, que depois foi comprada pela Fisher, teve a brilhante ideia de embalar as minimaçãs e vendê-las com uma marca: “Maçã da Turma da Mônica”. E foi assim que surgiu o primeiro produto de hortifruti, embalado com marca no mercado brasileiro.

Hoje, 14 anos depois, as miúdas maçãs são consideradas as precursoras de uma tendência que desde o início do ano vêm ganhando mais espaço nos supermercados: as frutas e verduras com marca.

Além disso, essa inovação alcançou um público não explorado para esse tipo de produto: aquelas pessoas que não têm tempo de escolher maçã por maçã, tomate por tomate, e que não sabem escolher entre um produto bom e outro já muito maduro. É só pegar a embalagem e colocar no carrinho, o que é muito prático. Hoje, no Carrefour, por exemplo, as vendas desse tipo crescem 15% ao mês desde o início do ano.
Então… pense em novas formas para escoar os seus produtos de baixa cirulação. Quem sabe se você também nao consegue criar as suas próprias maçãs da Mônica?