CLAUDIO NASAJON

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Quando se trabalha numa empresa grande, ou mesmo numa empresa de porte médio, é fácil perder de vista como seu trabalho se encaixa no quadro mais amplo da organização.

Entender o seu papel dentro da organização é fundamental para facilitar o seu desenvolvimento.

É preciso saber como agregar valor para ser valorizado.

Para ilustrar esse ponto vou compartilhar com você uma história.

Muitos anos atrás eu tinha problemas de produtividade num determinado setor da empresa porque as pessoas não se entendiam.

Bastava o sujeito esquecer de dar bom dia para que o colega parasse de falar com ele.

Mas em alguns casos, precisava falar, e aí a coisa desandava.

Muito bem – fazendo a história curta – por sugestão dos próprios funcionários, nós criamos a figura do “ouvidor”.

Seria uma pessoa escolhida por eles, não gestor, que teria um par de horas por semana liberadas para ouvir queixas e tratá-las.

Eles escolheram o Marcus, que trabalhava no financeiro.

Funcionava assim: quando alguém tinha alguma queixa de algum colega, ia até a sala do Marcus no horário combinado e desabafava.

Simples assim.

Às vezes o simples desabafo já resolvia o problema.

Em outras, o Marcus chamava a outra pessoa e conversava com ela também, para ouvir o seu lado da questão.

Nesse exemplo que eu dei da falta de bom dia, por exemplo, a outra pessoa ficou até surpresa de isso ter acontecido.

Naquele dia o cachorro dela tinha morrido e ela estava em outra, certamente distraída, e nem percebeu que não havia cumprimentado ao chegar.

Quando o reclamante soube, ficou até envergonhado e foi pedir desculpas pelo seu comportamento.

Bom… as duas horas semanais passaram a ser uma hora por dia, depois um dia por semana – até que contratamos uma profissional – uma psicóloga – e hoje temos cinco pessoas no setor de RH para tratar desses assunto.

Entre outras coisas, essa “escuta” dos funcionários nos colocou no ranking das melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

Estamos desde dois mil e três.

Em dois mil e dez fomos eleita a empresa com melhor ambiente de camaradagem.

Agora eu te pergunto, você imaginaria que um dos papéis-chave de um supervisor financeiro seria servir de ouvidor numa empresa?

Eu certamente não.

Mas serviu – e as pessoas lembram disso até hoje, quinze anos depois.

Hoje ele é Diretor Financeiro da empresa, para você ter uma ideia da força dessas habilidades paralelas que às vezes a gente tem.

Um truque que eu recomendo para você entender o seu papel no tabuleiro empresarial é imaginar que é o Presidente.

Considere cada uma de suas ações, de reuniões e projetos a e-mails e conversas de corredor, a partir dessa perspectiva.

Como será que o Presidente agiria na situação em que você está?

Que valor o Diretor Executivo daria às suas atribuições e atividades?

E o mais importante, como é que essa perspectiva pode fazer você mudar algo no seu trabalho para agregar mais valor na empresa?

Todos nós ficamos atolados nas minúcias do dia a dia. Este exercício pode dar uma visão mais clara de como você poderia aumentar o seu valor perante a organização.

Eu abordo essa técnica em detalhes, e outras relacionadas a gestão de carreira, na minha Sala VIP de negócios.

Se quiser participar, basta inscrever-se aqui.

Até a próxima!

Claudio Nasajon