Quando você contrata a alguém para trabalhar no seu negócio é pouco provável que essa pessoa vá fazer as coisas exatamente como você quer que ela as faça, pelo menos de primeira.
Na maioria das vezes, a gente precisa dar indicações, conselhos e orientações sobre como executar o trabalho.
O problema é que, mesmo quando gestores entendem a necessidade desse treinamento, dão orientações subjetivas que permitem interpretações diferentes das que têm na mente.
Termos comuns no mundo empresarial, como “empenho”, “compromisso” e “agir como se fosse dono”, por exemplo, são pouco objetivos e sujeitos a interpretações.
Em outras palavras, o que você diz não é necessariamente o que a outra pessoa entende.
Instruções como “atenda com simpatia” ou “deixe o cliente satisfeito”, são tão subjetivas que dificilmente há um consenso sobre o que significam.
A melhor forma que eu achei de resolver esse problema foi escrever – da forma mais objetiva possível – os resultados que espero com cada ação.
Algo como dar a receita do bolo, mas também mostrar a foto do bolo ou uma amostra comestível, para que a pessoa entenda qual deve ser o resultado.
Não é fácil. Exige trabalho intelectual, mas ao escrever, eu me obrigo a transformar pensamentos em palavras e é muito mais fácil ajustar textos do que ideias.
Normalmente leva algum tempo para alinhar o pensamento com a descrição da tarefa, do cargo, do objetivo ou de seja lá o que for que eu estou descrevendo, mas depois de algumas tentativas acabo conseguindo – e vai ficando mais fácil a cada vez.
Afinal, se eu mesmo não souber descrever, em palavras, o que quero, como esperar que outra pessoa saiba?
Você não precisa de superfuncionários que leiam a sua mente, precisa de processos documentados, métricas de desempenho claras e entregáveis tangíveis que permitam (a você e ao time) acompanhar os resultados de forma objetiva.
Até a próxima!
Claudio Nasajon
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