CLAUDIO NASAJON

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Talvez você já saiba que eu fui Professor de Planejamento de Negócios na PUC-Rio durante quase duas décadas.

Mas o que provavelmente você NÃO sabe, é que esse foi um dos períodos da minha vida em que eu mais aprendi.

Por isso nunca deixei o magistério.

Sempre dou um jeito de ter alguém para ensinar – porque ao ensinar o que sei, aprendo com meus alunos coisas que não sei.

Mentoria é um relacionamento de mão dupla.

Um líder já estabelecido escolhe um talento júnior e ajuda essa pessoa a desenvolver a sua carreira ou seu negócio, mas ambos se beneficiam da relação.

O benefício de quem recebe a mentoria é mais ou menos óbvio – a pessoa tem acesso imediato à experiência e às conexões do mentor.

Mas os mentores também ganham enorme valor com esse relacionamento.

Uma pesquisa publicada na Harvard Business Review por Sylvia Hewlett, presidente do Emeritus Center for Talent Innovation, os executivos que ajudam na formação de profissionais mais jovens, têm 53% mais chances de ascensão do que os demais.

No seu último livro, intitulado “the sponsor effect” que numa tradução livre seria algo como “o efeito mentoria”, a autora que já publicou outros catorze livros sobre desenvolvimento de talentos, mostra que mentorandos não precisam ser necessariamente mais jovens e nem novos no setor.

O que define um bom mentorado é que ele tenha a capacidade de expandir as suas próprias habilidades.

Essa última característica geralmente significa oferecer mentoria a alguém que seja diferente de você em gênero, etnia, orientação sexual, formação profissional, estilo de gestão e até experiência de vida.

Por exemplo, um mentor homem pode aprender novos conhecimentos por meio de um mentorado que entenda as prioridades de saúde da mulher.

Um mentor branco pode entender a sensibilidade cultural da África com um mentorado afrodescendente.

Um mentor heterossexual pode aprender sobre as necessidades de planejamento financeiro da comunidade LGBT, mentorando alguém que pertença a esse grupo.

Obviamente, a mentoria envolve riscos.

Quando seus mentorandos são tão diferentes de você, pode haver falha na comunicação.

Além disso, existe o risco de um mentorado, no qual você investiu tempo e reputação, decepcionar nos resultados.

Alguns mentorandos até podem trair a confiança dos seus mentores, causando danos imensos.

Mas, felizmente esses são casos isolados.

Comigo nunca aconteceu.

De maneira geral, os benefícios de ajudar a desenvolver um talento trazem mais benefícios do que prejuízos.

Seja como for, eu tenho uma espécie de check-list para escolher os meus mentorandos.

Em primeiro lugar, procuro pessoas que sejam diferentes de mim seja na mentalidade, seja no sexo, na etnia e até na orientação sexual.

Geralmente procuro pessoas com um domínio de conhecimento diferente do meu.

Isso torna a parceria muito mais interessante e muito mais produtiva para ambos – porque existe a troca – cada um aprende do outro, justamente por ser diferente.

O único ponto em que precisa haver um total alinhamento é com relação a princípios e valores.

A maior parte do meu trabalho de seleção é focada neste item.

Você pode ensinar habilidades com alguma facilidade, mas é quase impossível mudar os princípios e valores de um adulto depois que já estão formados.

E se a gente não tiver princípios e valores semelhantes, a parceria não funciona.

Essencialmente eu invisto nas pessoas de duas maneiras.

A primeira é com influência e conhecimento.

Quando compartilho minha experiência com alguém, essa pessoa ganha instantaneamente mais de três décadas de conhecimento. Não tudo vai ser útil, claro, mas a maior parte serve – e bem.

Da mesma forma, quando eu recomendo alguém, a pessoa ganha acesso praticamente direto à minha rede de contatos. E isso não tem preço.

Você já deve ter ouvido falar que um dos segredos do sucesso é ter os relacionamentos certos.

A segunda forma de investir em alguém é com recursos.

Pode ser capital ou acesso a instalações, equipamentos e tecnologia, por exemplo, que permitem ao mentorado pegar atalhos importantes para acelerar o seu caminho.

Agora… cada um precisa criar o seu próprio processo de seleção.

No meu caso, por exemplo, o caminho natural é fazer algum dos meus cursos. Tanto nos gratuitos, quanto nos pagos, eu presto muita atenção a como as pessoas desempenham as suas tarefas e para algumas, faço o convite direto.

Aliás, por falar nisso, estou com duas vagas para mentoria neste momento.

Se tiver interesse, veja as alternativas aqui no meu site.

Até a próxima!

Claudio Nasajon