Nos últimos meses, a inteligência artificial deixou de ser um tema “do futuro” para se tornar uma decisão estratégica urgente dentro das empresas. Na Nasajon, não foi diferente.
Começamos a perceber que alguns concorrentes estavam implementando recursos de IA e que os nossos próprios clientes passaram a esperar esse tipo de funcionalidade. Mas a grande questão não era apenas “vamos usar IA?” — e sim: “o que devemos construir, o que faz sentido comprar, onde vale mesclar soluções e quando buscar parcerias?”
Foi assim que organizamos nossa estratégia de IA em quatro frentes complementares:
🔹 Construir
Optamos por desenvolver internamente um assistente inteligente para nosso suporte técnico. Como essa área é crítica para a experiência dos nossos clientes e temos dados específicos e sensíveis, fazia sentido criar uma solução sob medida. Montamos um time multidisciplinar e definimos métricas claras de sucesso. A meta é reduzir o volume de chamados repetitivos e melhorar o tempo médio de atendimento.
🔹 Comprar
Para funcionalidades não centrais, como análise de sentimentos em redes sociais, optamos por contratar APIs já treinadas. Essas soluções de mercado oferecem boa performance e nos permitem ganhar velocidade.
🔹 Mesclar
Em módulos mais sensíveis, como o de precificação de serviços, estamos usando modelos prontos, mas alimentados com os nossos dados. Essa abordagem híbrida tem se mostrado eficiente, pois preserva o controle sobre o que é estratégico e acelera o que pode ser padronizado.
🔹 Parcerias
Firmamos uma parceria com uma empresa especializada em atendimento telefônico. Eles entraram com a tecnologia e nós com o contexto e os dados. O resultado: um modelo que prevê com mais de 60% de acuracidade a demanda dos chamados — e reduziu substancialmente o nosso tempo de diagnóstico.
A principal lição desse processo é que não se trata de escolher entre construir ou comprar, mas de avaliar cada caso com base em impacto estratégico, diferencial competitivo e capacidade de execução.
IA não é apenas um projeto de tecnologia — é um projeto de negócios. E, se for bem planejado, pode gerar muito mais valor do que apenas automação.
Se você está enfrentando essa decisão na sua empresa, minha sugestão é: comece com uma análise realista das suas prioridades e recursos. Avalie onde a IA pode gerar impacto concreto e não apenas “ficar bonita no portfólio”.
E, se quiser trocar ideias, será um prazer compartilhar aprendizados. Basta mandar. uma mensagem.