CLAUDIO NASAJON

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Todos precisamos de feedback para melhorar, mas quando as críticas são muito severas – e nos pegam de surpresa – o instinto é negar e defender, o que é um erro.

Para reagir a uma crítica de forma produtiva, eu recomendo um processo de três etapas:

A primeira é rotular silenciosamente a emoção que está sentindo.

Pensar “estou envergonhado”, por exemplo, serve para se distanciar um pouco da crítica, ser mais racional, em vez de reagir apenas por impulso.

Se você conseguir reconhecer para si mesmo que está sentindo raiva, vergonha, culpa ou seja lá o que for que estiver sentindo, fica mais fácil evitar uma reação instintiva – porque o instinto SEMPRE vai ser negar e defender.

É instinto – os humanos reagem dessa forma porque é assim que sobrevivíamos nos tempos das cavernas.

Só que não estamos mais na era da cavernas e às vezes reagir por instinto não é a solução mais adequada.

Depois que você reconheceu o que está sentindo, a segunda etapa é entender o porquê da crítica.

Já aconteceu comigo e deve ter acontecido com você, de você achar que a pessoa está criticando uma coisa, mas na verdade estava falando de outra.

A gente chama isso de “vestir a carapuça”.

Estou me sentindo tão culpado de ter chegado tarde na cerimônia, que uma pessoa me pergunta que horas são e eu interpreto isso como uma crítica – quando na verdade a pessoa só queria saber que horas são mesmo.

Por isso, quando receber uma crítica, ou o que você perceber como uma crítica, peça detalhes e exemplos do comportamento criticado.

O ponto-chave nesta etapa é ouvir calmamente, como se a conversa fosse sobre outra pessoa.

Tente entender o ponto de vista da outra pessoa – que certamente é diferente do seu.

Eu tinha um gerente em São Paulo que costumava comprar as passagens flexíveis quando tinha que vir ao Rio.

Passagens flexíveis custam mais caro do que as que têm o horário fixo. Bem mais caro.

Quando falamos com ele, explicou que achava mais importante a flexibilidade de poder trocar o horário para atender a uma eventual demanda de última hora, do que a economia que faríamos com as passagens engessadas.

Claro que há exceções, mas de uma maneira geral, as pessoas agem de boa fé, com boas intenções.

Nós dois sabemos que de boas intenções o inferno está cheio, mas quando criticar alguém por ter feito algo de forma diferente da que você faria, pelo menos tente entender as suas intenções.

Isso ajuda a colocar vocês no mesmo lado da mesa, tentar chegar a um denominador comum, a uma solução positiva para ambos.

Finalmente a terceira etapa é processar a crítica.

Mesmo críticas difíceis geralmente têm um núcleo de verdade e talvez mudar esse comportamento seja útil para o seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Então, resumindo: quando receber uma crítica muito dura ou inesperada, primeiro respire fundo e reconheça o que está sentindo.

Depois peça explicações, detalhes, exemplos, para entender o ponto de vista da outra pessoa.

E finalmente, reflita, processe a crítica – pode ser que haja uma oportunidade de melhoria ali.

Eu abordo essa técnica e várias outras sobre gestão de pessoas, na minha Sala VIP de negócios.

Se quiser participar, basta inscrever-se aqui.

Até a próxima!

Claudio Nasajon